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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Amor....

 
Amor....

 Se alguem te pedir, amor, se alguem te pedir
que contes aquela antiga história
do velho barco que partiu
e que se perdeu na imensidão das ondas,
...
nunca a contes, amor, nunca a contes
pois a imensidão do mar és tu
e o velho barco sou sou eu.

E se insistirem, amor, e se insistirem
que digas aquela velha fábula
do velho lobo que matou o pobre do cordeiro
e que sem piedade lhe roeu as entranhas,
nunca contes, amor, nunca contes
que o lobo sou eu, a minha carne
e o pobre do cordeiro a estrela
que sempre tão bem conheceste
e que pelos campos te guiou — mal ou bem.

Depois, como calculas, já estou enjoado
desta maldita farsa.
Que não passa de histórias, fábulas, ou amores
tudo eu oiço, tudo zombe nos meus ouvidos
e me aconselham a fugir.

Sou um velho guerreiro já sem forças
para erguer a minha espada,
sou o velho piloto do barco
que a furia da tempestade afundou.

Nunca contes, amor, nunca contes
que eu também tenho alma, mas sem luz.

...Só quero estar só, com a minha sofridão, com o meu arrastar
com a minha cruz.

domingo, 4 de novembro de 2012

A noite na forma de mulher....

 

A noite na forma de mulher....

 A noite, envolvida nas formas de um corpo de mulher...
 vago e maravilhosamente voluptuoso,
mais parece um bailado erótico,
com o cenário imagináros dos astros juntos, mudos e quedos.
Estrelas que que afagam o seu corpo,
afagam também a sua boca,
deixemos que os estranhos caminhos da noite,
na sua cegueira e rectos como o destino,
fiquem suspensos, como se de uma nuvem se tratassem,
que sejam estes os caminhos dos poetas
que se esforçam para lhes decorarar o nome.
A noite, envolvida nas formas de um corpo de mulher!
Esconde a nossa vida no seio da estrela mais próxima
e fá-la bailar, assim como que por pura magia,
para se poder olhar a lua, como se sonâmbula fosse.

sábado, 3 de novembro de 2012

Secreto....





Secreto,

Sempre me achei secreto, escondido,
e secreto sei que me sentiste
quando...
me julgaste secreto, escondido.
Como me reconheço Impuro
quando
o silêncio nos envolve,
é como uma turba que nos esconde.
Mas a verdade é que sempre foi Dúbio o nosso desejo
quando
nada em nós, era transparente
o água que corria docemente pelos nossos corpos
precavidamente.
Fez com que o nosso querer se tornasse clandestino,
quando
o que sempre fomos, foi timidos e secretos,
A água correu pela nossa face suavemente.
Os nossos olhos ficaram claros e escuros

enquanto a superficie do espelho que olhavamos com receio
era lisa