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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Era Já Dia


ERA JÁ DIA

Era já dia...
Nem consegui dormir
Cada vez mais só
Pela passadeira que me conduz à praia
Usando apenas um chapéu transparente
E calções brancos.
As ondas cálidas tornaram tudo transparente.
Caminho, caminho sem pensar
Os meus pensamentos levam-te até longe
A aragem cada vez mais morna
Desalinha os meus poucos cabelos.
Cheiro o sabor intenso do mar
Ando pausadamente, sem rumo para chegar
Exausto...
A cada passo admiro as ondas,
Prateadas pela luz solar
Inesperadamente surges
Completamente nua, naquelas ondas,
Túnica transparente
Caminhas até mim...
Tomo-te nos meus braços.
Os nossos beijos selam o nosso amor.
Tiro meu chapéu e calções para a areia fina
Tua túnica cai ao longo de teu corpo.
E completamente nus.
Na areia, e intensamente nos amámos.
Somente, tendo por testemunha
O mar... com alguma ventania.
E um dia aconteceu em plena fantasia.
A noite acontece...

O sol que feriu os nossos olhos
Desapareceu no horizonte,
Procuramos. Olhamos ao nosso redor,
Mas continuamos nus e só.
Ouvimos vozes, dizendo:
-Eles estão loucos,
Outros comentavam:
-Devem estar embriagados!
Em silêncio vestimos a pouca roupa levada
E uma lágrima teimosa teimava e corria.
Concordando com as vozes escutadas
Sim, embriagados …mas de amor...
Era um sonho... um sonho de amor
A que a passadeira nos conduziu.

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