O INDIANO
Em caminhos agrestes sou uma flor
Transfigurada...
Destinos e vidas escarpados
Na dor, recolho as asas das borboletas.
Sonolento, volto a caminhos que me levam a casa
Só que os labirintos dos caminhos,
Estão normalmente em mim,
E por vezes
Se multiplicam, das sementes que deixo cair,
Todo eu, toda a minha alma está espalhada nos ventos,
Em borboletas criadas, no meu lamento.
E aquele amor que tão forte veio e se foi
Ainda me desatina em meu caminhar
O meu corpo, desengonça-se nas curvas
Que a noite desenha,
Como se fossem dobras bordadas, em peito ferido.
E aquele amor, que não deveria ser temporal,
Que deveria ser de hoje,
Amou os meus poemas e levou-me pelas nuvens
Que nos vigiam.
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