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domingo, 24 de outubro de 2010

A Ceifeira


A CEIFEIRA


Ceifeira que com vigor
Cortava searas.

Com ardor e alegria belas 
Canção entoava
Enquanto os campos
Com seu cantar cativava
E o coração transbordando
Palavras de amor,
corpo dobrado,
 Searas ceifadas com suor
Mais os cânticos herdados de seus avós.
 
Fazendo o coração transbordar de magia,
Enquanto cortava o trigo
Até à última espiga.
Vendo o amor pela vida
Que com ela transportava
A cor do seu cabelo reflectindo
0 dourado das searas
Onde o sol queimando,
Certa dor, certamente,  provocava.
O rosto queimado pelo sol…

Ficando, então como um livro aberto...
Com belas histórias de amor,
Escritas naquele tempo de moça,
Eram esses os cantos secretos
que nela escondia
e alegria trazia a quem para ela olhava,
 morena, queimada!

2 comentários:

  1. Ceifeira de tempos em que o trabalho era todo feito à mão, cantava com alegria em dias de sol ardente.

    O trabalho era árduo mas feito com agradável convívio, quando eu via em criança.... e "Tanto sol e tanta dor"...mas dor só da tarefa ser de sol a sol e muito cansar...

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  2. Trabalho duro poeticamente e visualmente muito bem representado!

    Abraço

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