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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pescar...em sonho


PESCAR…EM SONHO

Nestas águas calmas,
Onde a luz ainda não chegou
Água sem luz, sem vida é que eu tento pescar,
Em sonho de memórias.

Vou pescando nesses mares obscuros
Com as minhas redes, remendadas,
Empurrando a minha canoa com o varapau
Dos meus antepassados.
Os meus sonhos de liberdade
Tornam-se realidade
Fazendo parte de mim.

Aqui o meu desejo de liberdade
Foge à escravidão em que muito vivi.

Escravidão considero viver em bairros
 Onde a luz não entra…
Onde a procura da côdea para comer é necessário
Escravidão é viver sem luz,
 em bairros escuros.
Mas onde agora pesco, neste mar calmo,
Escravidão não existe... a verdadeira!
Aqui onde os meus desejos se tornam mais livres
E a cor da nossa pele se confunde
Com as ondas do mar, sem luz.

Pesco um pouco aos trambolhões
Nesta canoa feita de pau escuro.
É como se fosse o meu bairro
Cheio de toda a mística e terror, envolventes
Abraçado aos fantasmas do passado.
Lá nesse mar... a noite era escura.

1 comentário:

  1. Contraponto,entre o "estar" e a esperança ...tornada liberdade para além do mar?...ou mesmo no próprio mar?

    Pescador sofrido e com esperança manifesta ne fantasia do poeta.

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