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segunda-feira, 4 de junho de 2012


Aguardo....

Aguardo que chegues
a tua chegada,
em dia sombrio de lua que não se vislumbra.

... Espreito a noite escura
e contento-me a ver a lua a romper a escuridão...

Aguardo ansioso o momento em que chegarás
virás cansada, como cansados ficamos todos
com o cansaço de todas as chegadas...

As nuvens são de papel, mas densas
que tu aos poucos rasgarás
Rasgarás as ruas densas onde as nuvens se escondem,
Passarás por pequenas vielas, de gente já alegre
de bêbados que transforma o silêncio em grunhidos.
Passarás ribeiros, mares, e os relevos do horizonte...
- A tua alma jamais morrerá, com
os medos que as sombras espalham ao teu redor!

Mas...,
Vou deixar a janela do meu quarto aberta
para me poderes amar,
os ribeiros, o mar e os relevos da noite,
ficam lá longe, serão testemunhas
e eu,
fico sempre na duvida,
enquanto faço desenhos do teu rosto
na imensidão desta areia molhada...


Alberto David

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