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segunda-feira, 4 de junho de 2012


Escravos negros.....

Subimos e descemos os montes
trouxemos o povo sempre acorrentado,
como se de rebanhos se tratassem
os cantos relegiosos surgiam nas suas bocas
... e o padre-nosso bailava nos seus lábios já gretados
Subiram montes, montanhas
e para meu espanto eram negros,
grandes e medonhos
Vinham de montes distantes e nos seus lábios gretados
mas firmes
Diziam através dos seus lábios, a verdade que não se queria ouvir
As correntes tilintavam, como se fosse música
Vinham para lá dos montes.
De Missões que ficavam para além dos montes
Vinham de muito longe
Da África? De além mat, talvez dos Brasis, vinham de longe
Só não sei porque espetaram uma cruz pintada de branco
Uma cruz esguia, espetada no alto monte
erguia-se
Vinham acorrentados, para ouvir Sermões da Igreja
a comunhão era perto do vale, era geral
a procissão ouvia-se com o bater das correntes,
que não tinham sido tiradas
estava perto, estava na rua
olhava Cristo,
que estava bem pregado na cruz
protegia a pequena aldeia
Hosana!
A mossa Terra e as gentes trazidas de outros Mundos
ficaram santos nesse dia – Hosana!
Hoje, todos se envergonham daqueles olhares parados
no cimo do monte
- caminheiros forçados que atravessaram a serra,
viajantes sem destino
ttodos erguem o olhar para o Cristo pregado
- com um olhar imóvel e indiferente
daqueles que desceram e subiram os monte. acorrentados


Alberto David
 

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