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quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Amor...


O Amor?

O amor é aquele que nos condena:
que nos faz desesperar, com a sua longa espera
que nos faz desesperar, mesmo quando vêm antes do tempo.
...
Mas a verdade é que não é na espera do tempo
que eu aguardo por ti.

Já aguardava por ti, mesmo quando não sabia,
quando ainda nem vida tinha
e hoje és tu que abres a janela, por onde entram os dias.

Chegas tardio, mas chegas
só que eu, já não me sinto
sou uma saudade de mim prório
já não seguro as rosas do meu jardim!
caiem-me das mão, como se de um fardo se tratasse
ao cairem as petalas das mãos,
enchem de cor o chão que pisas.

Perdi a noção do lugar
em que ansiosamente te aguardei,
sempre com o sabor da água que brotou da tua boca
que com frescura sacia a sede do desejo.

Envelheci,
já não tenho palavras doces
Sabias que a palavra também envelhece?

Só me resta olhar a lua
e nela desenhar todo o meu ser
desejo que a lua tenha o formato da minha boca
e que no doce cair da noite, perco a voz
na medida em que me despeço de ti.

A túnica que te cobre,
escorrega pelo teu corpo sensual
como se fosse uma núvem construida nos meus sonhos.
O teu corpo doce, deita-se sobre o meu,
e deslizamos na imensidão da noite
este doce deslizar, torna-se um rio

na busca de se tornar um mar de imenso amor.

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