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domingo, 24 de junho de 2012

Quero vaguear...



Quero vaguear...

Quando escrevo poesia, é como que vaguear
por tudo o que nos rodeia,

... Os caminhos por vezez são pequenos trilhos,
desencontrados com o relógio da minha igreja,
quando escrevo, torno-me um mar manso,
fico calmo, como o luar, que entra
no meu jardim nocturno,

ou num grande deserto, que não me atrevo a atravessar,
a miragem está perto de mim, fica perto do oásis da vida,
mas tenho o corpo cansado, sem forças para o alcançar.

Que não me digam para o atravessar
chegará um dia, a hora de retomar, o que deixei por acabar,
o rumo do que pretendo atingir, surgirá.
estou tranquilo,
a tempestade porque passo, não abala os meus sonhos de criança,
nem o meu palácio de ilusões,
a doçura que me invade, não pode ser regateada,
não nasci com a pena a crepitar.

Em toda a minha vida, nunca soube usar,
os sinais da bussola, mas é belo ver os ponteiros,
que se atraiem a caminho do norte.
Não me peçam nada. Nada.
Deixai-me com este meu dia, que nem sempre é dia,
com o anoitecer das ideias, que nem sempre se dão com a noite
Deixai-me só como a minha pena, escrever sem papel.

Sei qual é o meu caminho, sei que não o quero enfrentar.

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