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domingo, 17 de junho de 2012

É estranho...


É estranho....

Todo eu estou lânguido, á borda do meu pensamento
todo o meu corpo se encontra estiraçado ao pé do teu.

... O cigarro que rola impaciente nos meus dedos
liberta um fumo azulado.

O rádio... toca uma música suave...

A tua imagem esvoaça
em torno desse fumo, da brisa e da música...

Vou-me ausentado de tudo e de todos! é a minha doce fuga!

É estranho o que escrevo em pensamento
Como é estranha a poesia,
que durante horas, contorna a mágoa que vai em mim
as lágrimas correm suavemente, como o orvalho nas flores
mais parecem lágrimas, escorrendo sobre
os vidros duma janela de ilusões,

numa tarde suave, vaga...
que me envolve o pensamento

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