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sábado, 26 de janeiro de 2013

A Vida...

 
A vida...
Olho as Minhas mãos
- mais se parecem com as luzes débeis da rua
encontram-se unidas, seguem o mesmo destino.

... Olho as Minhas mãos
como olho uma vela a derreter-se
escorregam delas, gotas de suor frio,
caiem lentamente,
o meu corpo, frio encontra-se hirto
como se tratasse de uma vela moribunda.
Que escorre uma um suor frio,
lentamente,
no silêncio falso, mas denso
da luz mortiça do meu quarto.

E a sebenta confusa com sinais que já esqueci,
torna-se inútil,
está, mesmo aberta na minha frente.

E todos lá fora,
que me esperam
e desesperam,
por estas folhas inúteis
desta maldita sebenta,
que não é mais do que um livro de Filosofia.

E as horas caiem, ao compasso da noite fria
as horas também morrem,
como todas as velas morrem, derretendo-se
neste sombrio quarto frio
a cheirar a morto.

Ai! minhas pobres mãos, minhas mãos
- duas pequenas luzes débeis de vela
unidas no mesmo destino!

- Que horas marcarão os ponteiros da capela?

A vida
é como uma vela,
que se derrete,
no silêncio falso mas denso
da luz mortiça do meu quarto frio.

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