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sábado, 26 de janeiro de 2013

 
 
Quando escrevo...

Quando escrevo poesia, é como se a minha vida
errante corresse pelo mundo que me rodeia,

... Queria que a minha poesia
percorresse os caminhos do mundo,
sempre desencontrada como desencontradas são,
as horas do relógio velho da minha aldeia,
será que o mar é calmo? Como o luar...
neste jardim que percorro, terá horas certas?

Será que os desertos, ao lerem a minha poesia
não se vão modificar?
Será uma miragem quando julgo estar perto de um oásis,
Será que os meus pés estropiados, fatigados...
terão forças para me levar bem longe.

Não me peçam, com ar de quem tudo sabe
qual o meu rumo e o tempo de o atingir,
escrever poesia,
é algo não se têm na mão, não se profetiza
escrever poesia
é como abalar o mundo com uma tempestade de palavras,
escrever é para aqueles que nada têm que fazer,
escrever é como um clamor que nasce com o sangue a crepitar.

Nem sempre os ponteiros da minha bússola atinaram com o norte.
Por isso não me liguem. Deixai-me só.
Deixai-me só com os meus medos, pois o dia nem sempre é dia,
deixai-me só com a noite, que como o dia, nem sempre é noite
com a minha loucura, com a minha escrita.

Ainda não conheço os meus caminhos de cor.

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