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sábado, 26 de janeiro de 2013

O Amor...

 
O amor...
 
Somos condenados quando amamos:
longas são as esperas
mesmo quando o amor está perto de nós.
Não é neste tempo real, que espero por ti.

Já te esperava, antes de teres nascido
Só tu é que fazes os dias clarear, só tu.

Quando por fim chegas
encontras-me a arder de saudades
o ramo de flores que tinha para ti
há muito que me cairam das mãos
é a única forma de pintar o chão, que pisas.

Perdido o lugar
em que te aguardo,
só me resta molhar os lábios, no orvalho da noite
para que não sintas a sede que vai em mim.

Já não tenho palavras, envelheceram com a espera,
aproxima-se a noite
e com ela os teus lábios ficam mais perto
e quando finalmente já é noite,
começo lentamente a despir-me, sem me aproximar de ti.

O que vestes, caie, tomba nesta noite
em que só existe a lua.
Deitas-te, enrolando o teu corpo no meu,
e aos poucos os nossos desejos, criam um rio,
que aos poucos se tornam um mar imenso,
de desejos satisfeitos.

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